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Paraiba

Professores da rede estadual da Paraíba paralisam atividades cobrando melhorias salariais

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Professores da rede estadual da Paraíba começaram paralisação nesta quinta (22) e o movimento vai até a sexta-feira (23). Paralisação acontece até a sexta-feira (23)

Semed

Os professores da rede estadual de ensino da Paraíba iniciaram uma paralisação nesta quinta-feira (22) reivindicando melhorias salariais e também na infraestrutura do ambiente escolar. A paralisação segue até a sexta-feira (23).

Segundo o secretário de organização do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Paraíba (Sintep-PB), Felipe Baunilha, a principal reivindicação dos professores é obter a reformulação do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) da categoria.

"A nossa principal reivindicação é a reformulação do nosso plano de carreira, o nosso PCCR. Ele foi criado em 2003 e nunca houve reformulação para a valorização dos profissionais da educação, então desde 2015 que a gente busca diálogo com o governo do estado. Já foram criadas pelo menos cinco comissões para a revisão desse PCCR, mas o governo nunca enviou essa proposta para a Assembleia Legislativa para poder ser apreciada e aprovada", disse o secretário.

"Para você ter ideia, hoje um professor ou professora que tira licença pode perder até 40% do seu salário. Seja licença-maternidade, licença-saúde ou licença para capacitação. Para ter um reajuste de 2%, a pessoa precisa trabalhar 5 anos e o reajuste é apenas de 2%. É um dos piores planos de carreira dos estados do Nordeste", completou Felipe.

Além das melhorias dos direitos e dos salários dos professores, Felipe chama atenção para a questão da infraestrutura das escolas. "Nós também estamos denunciando a falta de estrutura em boa parte das escolas do estado da Paraíba, seja por falta de climatização, ventiladores ou ar-condicionado nas escolas. Está muito quente, a gente tem percebido isso", pontuou

De acordo com secretário do SIntep-PB, pelo menos 90% das instituições da rede estadual de ensino cessaram suas atividades durante a paralisação, o que equivale a cerca de 150 mil estudantes sem aula.

Em nota, a Secretaria de Estado da Educação (SEE-PB) disse que respeita o livre direito à manifestação dos profissionais da educação, e afirmou que existe abertura de todos os canais de comunicação com os servidores e seus representantes, sindicatos e associações.

A secretaria afirma também que tem assegurado compromissos com o desenvolvimento da educação por meio de ações diretas "como a valorização dos profissionais da educação, a garantia do piso salarial para os professores efetivos e do reajuste de mais 80% para professores prestadores de serviço, ainda em 2023".

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