MPPB pede que a Justiça limite as despesas a R$ 8,5 milhões, em vez dos R$ 13,8 milhões anunciados (uma redução de, pelo menos, R$ 5,3 milhões), sob pena de multa de R$ 10 milhões. São João de Santa Rita está na mira do Ministério Público da ParaíbaDivulgaçãoO Ministério Público da Paraíba (MPPB) ajuizou, nesta quinta-feira (6), um ação civil pública pedindo que a Justiça determine a adequação dos gastos com o São João de Santa Rita ao valor praticado no ano passado. Inicialmente, a Promotoria de Justiça havia recomendado a suspensão do evento, o que não foi acatado. Nessa ação, em consonância com o parecer do Tribunal de Contas do Estado, o MPPB pede que a Justiça limite as despesas a R$ 8,5 milhões, em vez dos R$ 13,8 milhões anunciados (uma redução de, pelo menos, R$ 5,3 milhões), sob pena de multa de R$ 10 milhões.A promotora de Justiça, Anita Bethânia Silva da Rocha, que atua na área de defesa do patrimônio público do Município, justifica que há desproporcionalidade dos gastos com a festa (R$ 13.852.000,00), levando em consideração os baixos indicadores sociais do município nas áreas de educação, saúde e saneamento básico. "Portanto, a festa pode acarretar piora no atendimento das necessidades primárias de grande parte da população", destaca.A representante do MP ainda justifica que se trata de "um gasto supérfluo diante do mínimo existencial que o estado deve suprir", principalmente nas áreas de saúde, educação, saneamento e previdência. Segundo ela, a limitação dos gastos não implica interferência do Judiciário sobre o Executivo, mas uma forma de controle da administração pública, prevista no Direito Administrativo. Além disso, a Promotoria critica o fato de a Prefeitura arcar praticamente sozinha com a programação artística, com cotas de patrocínio que mal chegam a 5% do valor da festa.Pedidos do MPAnte os argumentos, o Ministério Público da Paraíba requereu liminarmente que seja determinado ao Município de Santa Rita readequar a grade de atrações artísticas ao limite de gastos do São João do exercício de 2023 (R$ 8.509.950,00), sob pena de multa no valor de R$ 10 milhões. O MP pede o recebimento da ação civil pública, com a citação do réu para apresentar resposta e, que no julgamento do mérito, o demandado seja condenado ao cumprimento da readequação dos gastos (conforme pedido em liminar).Vídeos mais assistidos do g1 Paraíba