Comando Geral informou que determinou investigação sobre o caso. Taxista diz que policiais militares atiraram sem dar qualquer aviso antes. Marca de tiro em táxi da Paraíba atingido por disparos feitos por policiais militares no RNReproduçãoO passageiro de um táxi da Paraíba que foi baleado por policiais militares do Rio Grande do Norte no Litoral Sul potiguar, na noite desta quinta-feira (4), morreu no hospital, segundo informou a Polícia Militar, por meio de uma nota, no início da tarde desta sexta-feira (5).Outros dois ocupantes do carro - o taxista e a esposa do homem - não ficaram feridos. Segundo a polícia, os militares tinham recebido a informação de que o carro havia sido roubado na Paraíba e seguia para o Rio Grande do Norte. O comunicado de roubo, no entanto, foi feito por engano. Em Canguaretama, policiais atiraram contra o veículo.O homem foi levado para o hospital de Canguaretama e depois foi transferido para o Hospital Deoclécio Marques em Parnamirim, na Grande Natal. No entanto, segundo a PM, ele não resistiu. "As circunstâncias serão apuradas em Inquérito Policial Militar determinado pelo Comandante Geral da Polícia Militar. Os demais ocupantes foram apresentados à autoridade do judiciário da região, que também ouviu os policiais participantes da ocorrência. A Polícia Militar reitera seu compromisso com a segurança pública e o cumprimento da lei, garantindo a transparência e a imparcialidade em todas as ações realizadas no exercício de suas funções", informou a corporação. TirosO caso aconteceu por volta das 21h, na altura de Canguaretama, na entrada para a estrada de Pipa. O passageiro do veículo foi atingido na cintura, próximo ao glúteo e foi levado para o hospital da cidade, onde passou por estabilização, antes de ser transferido para Hospital Deoclécio Marques, na Grande Natal.Segundo o major Alan Bruno, comandante do Batalhão da Polícia Militar em Canguaretama, os policiais tinham recebido uma queixa de roubo do veículo e atiraram após o motorista do táxi supostamente não ter atendido a uma ordem de parada. Já o taxista Basílio Neri, que dirigia o carro, contestou a versão da polícia, em entrevista ao g1. De acordo com ele, os policiais atiraram contra o carro sem dar qualquer ordem para parada. "Ele nem acionou a sirene, nem piscou luz, nem o giroflex. Quando liguei a seta para entrar para Pipa, atiraram. Foram mais de 16 tiros e eu não vi que era polícia, achei que era bandido me assaltando. Entrei no posto (de combustíveis) para pedir socorro e a polícia encostou com quatro armas na mão. Era para fazer abordagem. Se tivesse dado sinal, eu tinha parado, porque eu sou profissional, mas como ia adivinhar que é a polícia que está atrás de mim sem dar sinal de nada?", relatou. Ainda de acordo com o motorista, que trabalha no ramo há 15 anos, ele pegou o casal em um shopping de João Pessoa, com destino à praia da Pipa. Como não conhecia os clientes, pediu para o patrão acompanhar a viagem, mas o homem teria ficado sem sinal de internet e acionou o seguro para acompanhar o carro via gps. No entanto, a polícia foi acionada para um suposto assalto. Policiais militares atiram contra táxi da Paraíba e passageiro é baleado no RNEm entrevista à Inter TV Cabugi, antes de saber do falecimento do homem, a esposa dele também afirmou que a polícia não deu qualquer sinal antes de atirar contra o veículo. "A gente ouviu o barulho e o vidro quebrou. Agente abaixou, mas ele já tinha sido atingido. Quando o taxista entrou no posto que parou foi que a gente viu que a bala estava dentro", relatou a mulher. Veja os vídeos mais assistidos no g1 RN