De acordo com a polícia, uma mulher conhecida como "Isa", de 38 anos, moradora da zona rural de Desterro, também na Paraíba, confessou o crime em interrogatório realizado na quarta-feira (29), mas só foi presa após mandado de prisão ser expedido pela Justiça. Ela era ex-companheira do atual marido da vítima. Jaidete foi vítima de um crime arquitetado pela ex-companheiro do atual marido, diz políciaReprodução/TV ParaíbaUma mulher, conhecida como Isa, de 38 anos, foi presa na tarde desta quinta-feira (30), na cidade de Desterro, no Cariri da Paraíba, por ser suspeita de arquitetar a morte de Jaidete Oliveira Correia, em uma clínica de estética na cidade de Assunção, também localizada no estado, no dia 23 de outubro. De acordo com a Polícia Civil, a mulher confessou o crime em interrogatório realizado na quarta-feira (29) e era ex-companheira do atual marido da vítima. Segundo a delegada Mairam Moura, que é uma das responsáveis pela investigação do caso, a mulher confessou no interrogatório que pagou R$ 20 mil a um homem conhecido como Bruno, que foi preso junto com duas outras pessoas na quarta, para que ele contratasse dois outros homens, que seriam responsáveis por matar Jaidete. O assassinato, segundo a investigação, foi motivado por ciúmes da possível mandante. As investigações apontam que os homens contratados receberam, cada um, R$ 5 mil, e eram pernambucanos. Um dos critérios pedidos por Isa para Bruno, na hora da contração dos homens que executaram o crime, era justamente que eles fossem de uma região distante. A suspeita foi ouvida na quarta, mas somente nesta quinta-feira foi presa, após a Justiça conceder mandado de prisão temporário, válido por 30 dias. Depois disso, a polícia foi em busca da mulher, que inicialmente não foi encontrada em sua própria casa e, sim, no município de Desterro, na residência da irmã. Por volta das 13h, ela foi presa. Conforme informações da delegada Mairam Moura, a mulher pode responder pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, com associação criminosa. Duas outras pessoas, que também teriam participado do crime, seguem foragidas da polícia. São elas um homem, que teria sido o responsável por puxar o gatilho da arma usada para atirar na cabeça de Jaidete, e uma outra mulher que recebeu cerca de R$ 250 para emprestar o celular a uma terceira, que já foi presa, com intuito de marcar uma consulta na clínica de depilação da vítima, para que o crime pudesse acontecer. Três pessoas presas Polícia Civil forneceu mais detalhes sobre o caso da morte de mulher em clínica de estética em coletiva de imprensaAdemar TrigueiroSegundo o delegado Paulo Ênio, em uma entrevista coletiva um dos responsáveis pelo caso, já existe confirmação da atuação das três pessoas presas no crime na quarta-feira (29). As investigações apontam que uma mulher, que foi presa, marcou uma sessão de depilação na clínica da vítima para o dia que ocorreu o crime e que ela fez isso após receber cerca de R$ 500 de um homem, que também foi preso nesta quarta, sabendo da finalidade de seu encontro com Jaidete, que seria morta. Ela teria dividido o valor recibido com outra mulher, que emprestou o celular para que ela pudesse fazer a ligação e marcar a sessão.Este homem que pagou uma quantia em dinheiro para a mulher, que está entre os três presos, também ajudou na fuga dos dois homens que entraram na clínica de depilação para assassinar Jaidete. Segundo a polícia, ele dirigia um carro que deu suporte aos dois que chegaram de moto no local do crime, e os acolheu após queimarem a moto e abandoná-la.Além disso, um dos suspeitos que estava dirigindo a moto no dia do crime também foi preso.De acordo com o delegado Paulo Ênio, a suspeita de ser a mandante teria arquitetado o crime por conta de ciúmes do marido da vítima, Fabiano Mota, com quem ela teve um relacionamento anterior. Ela inicialmente foi ouvida pela polícia, após ser intimada, acompanhada de um advogado, e foi liberada para cumprir medidas cautelares.O crimeA vítima, Jaidete, estava na clínica de estética que era proprietária, localizada na casa de sua própria mãe, quando dois homens em uma motocicleta chegaram no estabelecimento da vítima, bateram na porta e perguntaram pela Jaidete.Ao confirmar a identidade de Jaidete, os homens informaram que estavam no local devido a uma solicitação para um serviço de manutenção na rede de internet. Contudo, a vítima afirmou que não havia solicitado nenhum serviço daquela natureza e, logo em seguida, um dos homens sacou uma arma de fogo, empurrou Jaidete para próximo a um banheiro do estabelecimento e disparou contra a cabeça da vítima.A vítima foi socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) para o Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande, a 100 km de distância do local onde aconteceu o crime, ela recebeu atendimento, passou por procedimento cirúrgico, mas não resistiu e morreu."Ela era uma pessoa bem vista na cidade, era assistente social, trabalhava no Fórum de Taperoá, e o que me consta é que todo mundo gostava muito dela", disse, após o crime, o marido de Jaidete, Fabiano Mota.Jaidete trabalhava no Fórum da cidade de Taperoá, cidade onde também residia, e no turno da tarde atendia numa clínica estética que ficava localizada na residência da mãe, em AssunçãoJaidete trabalhava como assistente social e, com sua morte, órgãos emitiram nota lamentando a morte dela, como a Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), onde Jaidete fez graduação em Serviço Social e mestrado na área, e o Conselho Regional de Serviço Social da Paraíba (CRESS-PB) também lamentou a morte da assistente social.Vídeos mais assistidos do g1 Paraíba