A defesa do réu solicitou o adiamento para participar de um congresso em Minas Gerais. Na primeira vez, o advogado de Johannes Dudeck apresentou um atestado médico. Johannes Dudeck, suspeito de matar a estudante de medicina Mariana Thomaz, em João PessoaReprodução/TV Cabo BrancoA Justiça da Paraíba adiou pela segunda vez o júri popular do empresário Johannes Dudeck, acusado de matar a estudante Mariana Thomaz. O julgamento estava agendado para 9 de novembro, mas o advogado do réu pediu o adiamento para participar de um evento. A audiência foi remarcada para os dias 16 e 17 de novembro, no Fórum Criminal de João Pessoa. O réu será julgado por feminicídio e estupro contra a estudante, crime ocorrido em março de 2022.O advogado de defesa de Johannes, Aécio Farias, informou quando solicitou o adiamento, através de nota, que por ser presidente da Comissão do Tribunal do Júri da Associação Nacional da Advocacia Criminal (ANACRIM-PB), vai participar de um congresso nacional da instituição marcado, coincidentemente, para o mesmo dia em que o julgamento deveria acontecer, em Minas Gerais.O julgamento já tinha sido adiado anteriormente, quando deveria ocorrer em 20 de setembro, mas o advogado do acusado apresentou um atestado médico, informando que não poderia comparecer.A promotora Artemise Leal, que se colocou contra ao novo adiamento, solicitou à Justiça que o julgamento acontecesse ainda neste mês de novembro. Segundo a promotora, é importante realizar a audiência o mais rápido possível porque a demora é igual a impunidade, além de reforçar uma sensação de insegurança, principalmente em casos de feminicídio. Artemise também afirma que o julgamento é importante para que a família consiga continuar a vida e "ressignificar a perda"."Independente do resultado do Júri, a família precisa encerrar esse capítulo do livro da vida e começar a escrever o próximo. Ressignificar a perda e seguir a vida. Todos os relatos que tenho dos familiares de vítimas, após os júris, eles sentem que uma nova fase da vida está iniciando e a família seguindo o fluxo natural da vida. Eles enterram o familiar ali (no julgamento), mesmo quando há absolvição dos réus. Quando isso ocorre eles falam: 'da justiça divina, ele (réu) não escapa'. É como se eles tivessem a necessidade de que o julgamento ocorresse", afirmou a promotora. Entenda o casoMariana Thomaz foi morta por esganadura. Reprodução/Redes sociaisO corpo de Mariana Thomaz foi encontrado com sinais de estrangulamento em um apartamento, na orla do Cabo Branco, em João Pessoa, no dia 12 de março de 2022. A polícia descobriu o corpo após receber uma ligação do acusado Johannes Dudeck, informando que Mariana estava tendo convulsões.A perícia observou sinais de esganaduras, então Johannes foi preso no local e encaminhado para um presídio especial de João Pessoa, porque alegava ter curso de nível superior. Porém, ele não apresentou o documento que comprovava a formação e em setembro de 2022 foi transferido para o presídio do Roger.O relatório final do inquérito indicou os crimes de feminicídio e estupro, conforme informações obtidas do laudo tanatoscópico do Instituto de Polícia Científica (IPC), exame feito para comprovar a existência de violência sexual.A jovem, de 25 anos, era natural do Ceará e estava na Paraíba para cursar a graduação de medicina. Segundo informações da Polícia Civil, o acusado estava em um relacionamento há um mês com a vítima.Vídeos mais assistidos do g1 Paraíba