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Família de adolescente morta em distrito de Campina Grande acredita que ela foi atraída por conhecidos para local onde corpo foi achado

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Victória Aragão desapareceu no dia 26 de agosto e a polícia achou um corpo em estado avançado de decomposição no dia 29. Resultado da perícia foi divulgado na noite da terça (5).

Victória Aragão, de 14 anos, foi achada morta dois dias depois de desaparecer em Galante, Campina Grande

Amy Nascimento/TV Paraíba

A família da adolescente Victória Aragão, de 14 anos, que desapareceu em Galante, distrito de Campina Grande, acredita que ela foi levada até o local onde foi morta por alguém conhecido. O corpo de Victória foi achado no dia 29 de agosto, três dias depois do desaparecimento, mas só foi oficialmente identificado na terça-feira (3), após perícias.

Victória desapareceu em um sábado, por volta das 19h, após sair de casa dizendo que iria encontrar as amigas na praça do distrito. À época, a mãe dela, Vanessa Aragão, contou que a filha mandou uma mensagem para o avô, às 21h, dizendo que odiava Galante e todas as pessoas e que ia embora para Campina Grande. Ela sofria de depressão e ansiedade, mas segundo a mãe, fazia tratamento e tomava remédios regularmente.

Três dias depois, em uma região de mata no distrito, a polícia encontrou um corpo em estado de decomposição avançado, de forma que não foi possível determinar o sexo ou a idade da pessoa na perícia inicial. No corpo, os peritos encontraram apenas um anel preto em uma das mãos. Conforme a família, o local não tem residências e não era um lugar onde a adolescente transitava, e que algum conhecido deve ter levado a vítima para lá.

Terreno baldio que dá acesso à mata onde corpo foi encontrado é isolado pela polícia em distrito de Campina Grande.

Ewerton Correia/TVPB

Segundo a avó de Victória, Sônia Dias, a adolescente tinha duas amigas próximas, que frequentavam a casa há muito tempo, mas que no último mês, pessoas desconhecidas passaram a se aproximar da neta, e que ela não gostava dessas novas amizades.

"Essas pessoas foram capazes de fazer isso com minha menina, que eu criei desde que nasceu. A mãe sempre deu assistência, mas 24 horas por dia era comigo. Eu tinha minha menina, explicava que não podia entrar em carro e ir com pessoas desconhecidas, mas essas pessoas se aproximaram de Victória para se aproveitar da bondade dela. Ela foi atraída por uma pessoa muito conhecida", afirmou.

O avô, Geneton Aragão, explicou que notou há algum tempo que a neta estava mais calada, e por diversas vezes a ouviu discutindo com outras pessoas e chorando no telefone. No dia do desaparecimento, foi Geneton quem recebeu a suposta mensagem da neta, indicando que iria fugir para Campina Grande.

"Foram 11 dias de muita tristeza, não sei como passamos aguentando o sufoco dentro de casa. A menina não tinha relação com essas pessoas, era amiga de colégio. De repente acontece uma situação dessas e a gente não sabe qual foi o problema, porque ela muito mal saía de casa. Passava a noite todinha no celular se comunicando com alguma pessoa, a gente ia para o quarto e só ouvia ela discutindo, mas não tinha ideia de quem era. E ela chorava e dizia que estava conversando com uma amiga", disse o avô da adolescente.

Para a mãe da adolescente, Vanessa Aragão, não foi a menina quem enviou o texto. Vanessa, que mora no Rio de Janeiro, contou à TV Paraíba que conversava todos os dias com a filha, e que desconfiou que ela estava desaparecida pois parou de receber mensagens. A mensagem enviada ao avô, segundo a mãe, era diferente de qualquer outro tipo de mensagem que a jovem já enviou para a família, uma vez que todos os textos eram carinhosos.

Avô de Victória recebeu mensagem que a família acredita que não foi enviada pela neta

Amy Nascimento/TV Paraíba

Até às 11h40 desta quarta-feira (6), a Polícia Civil não divulgou detalhes sobre o crime ou sobre possíveis responsáveis e motivação para a morte da adolescente. O corpo foi encontrado desfigurado e, no dia do encontro, o avô desconfiou que pudesse se tratar de Victória por causa das unhas, pintadas de azul, e de um anel que ela usava, mas a confirmação só foi possível após perícia.

O corpo da adolescente permanece no Núcleo de Medicina e Odontologia Legal de Campina Grande (Numol), e ainda não foi liberado, pois os peritos aguardam o resultado do DNA. A família ainda não tem informações sobre data do velório e do enterro, mas informou que ambos vão acontecer no distrito de Galante.

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