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Paraiba

Restaurantes universitários seguem fechados em dois campi da UFPB após retorno das aulas


Contrato com empresa que prestava serviço ao RU foi suspenso em janeiro. Parte dos alunos passou a receber auxílio de R$ 360. Campus da UFPB localizada em antiga fábrica da Companhia de Tecidos de Rio Tinto.

Joaquim Neto

As aulas da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) em 2023 tiveram início na última quarta-feira (8). Estudantes dos campi de Bananeiras e Rio Tinto/Mamanguape relataram que, mesmo após o retorno das aulas, o restaurante universitário (RU) estava fechado e sem funcionamento.

No fim de janeiro, a UFPB divulgou o rompimento do contrato com a empresa que prestava serviço aos restaurantes universitários dos dois campi. O motivo da rescisão do contrato, segundo a UFPB, foi a insatisfação da empresa com a quantidade de pessoas que se alimentavam no RU.

De acordo com o reitor da UFPB, Valdiney Golveia, até a data de início das aulas na universidade, 8 de fevereiro, a situação seria regularizada. No entanto, na última quarta-feira, os estudantes encontraram o local fechado.

Como forma de suprir a ausência do restaurante, os estudantes que tinham direito ao almoço e ao jantar no RU receberam uma ajuda financeira de R$ 360, auxílio repassado pela UFPB. Em entrevista à TV Cabo Branco, no entanto, os estudantes relataram que o valor era insuficiente e que encontraram dificuldade para encontrar um outro local para se alimentar.

Segundo Edivanildo Guedes, aluno do curso de ecologia, o valor não é suficiente. “Eu que vim de outro estado pra cá, não consigo manter uma vida alimentar saudável para além dessa ajuda do RU”, afirma.

O estudante Hiago Felipe, de Guarabira, passa o dia no campus, precisa do RU. “A gente sempre tem que se virar. Muita gente não veio porque não tem RU”, comentou.

A diretora de centro do campus IV da UFPB, Angeluce Soares, espera que a resolução seja breve, pois teme que haja uma evasão dos estudantes que dependem dessas refeições. “Historicamente, nossas universidades se democratizaram, a gente tem um acesso maior da classe trabalhadora que precisa de uma assistência para se manter e concluir o curso”, afirma.

Segundo o reitor da UFPB, a universidade já está providenciando documentação para um contrato emergencial. Quanto à possibilidade de reajuste do auxílio estudantil para quem precisa do restaurante universitário, ele explica que é necessária uma suplementação de recursos para assistência estudantil por parte do Governo Federal.

Alguns estudantes sugerem que a nova empresa possa trazer valores mais acessíveis para os estudantes que não são aprovados para ter direito às refeições do Restaurante Universitário. A UFPB informou à TV Cabo Branco que a quantia é definida no processo licitatório e que a universidade informa um valor máximo aceitável, definido em pesquisas de mercado, e as empresas interessadas apresentam o menor valor possível para elas.

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