Órgão recomenda a supensão das apresentações futuras, que incluem shows de Bruno & Marrone, Sirano e Sirino e Tarcísio do Acordeon, até o dia 29 de junho. São João 2022 de Santa Rita, na Grande João PessoaDanilo Queiroz / g1O Tribunal de Contas da Paraíba (TCE-PB) sugeriu, nesta quarta-feira (22), a suspensão do São João de Santa Rita, na Grande João Pessoa, após uma auditoria que encontrou indícios de irregularidades na contratação de artistas e banheiros químicos para a festa junina, que acontece até o dia 29 de junho.Inspeção constata problemas na estrutura de captação e distribuição de água em Santa RitaO g1 entrou em contato com a Prefeitura de Santa Rita, por meio da assessoria de comunicação, via telefone e mensagens por aplicativo, que não deu retorno até a publicação desta matéria.De acordo com o TCE, em nenhuma das contratações artísticas, feitas por inelegibilidade de licitação, constam a “exposição de motivos” para justificar a escolha do contratado. Os documentos contratuais, inclusive, sequer foram publicados no Portal da Transparência do município, e isso também é exigido legalmente.Lei exige que contratos e valores gastos sejam divulgados para fins de conhecimento públicoTCE-PB / ReproduçãoO TCE recomenda a supensão das apresentações futuras. Na programação, os principais shows devem acontecer nos próximos dias, com apresentações dos principais artistas da festa, a exemplo de Bruno & Marrone, Sirano e Sirino e Tarcísio do Acordeon.O São João 2022 de Santa Rita começou no dia 4 de junho. Só com a realização dos shows, a Prefeitura da cidade gastou R$ 540 mil.Outros problemas relatados pelo TCEO TCE também questiona a verba orçamentária destinada aos custos da festa, alegando que não há recurso financeiro suficiente para as despesas, tampouco com verba prevista no orçamento para o pagamento dos cachês dos artistas.Por outro lado, também foram mencionadas irregularidades encontradas na contratação de uma empresa fornecedora de banheiros químicos para a festa, através de registro de preço. Uma empresa foi contratada no valor de R$ 198 mil, para o fornecimento de 710 diárias concedidas ao município. No entanto, o valor pago é referente a 1000 diárias.A preocupação dos auditores do TCE é que e a empresa detentora da ata comercialize seus produtos ou serviços com diversos órgãos da Administração Pública sem licitar, por meio de inúmeras adesões, na prática irregular conhecida como “barriga de aluguel”.O TCE aponta que não há uma justificativa para a quantidade de banheiros químicos contratados. O órgão alega a ausência de uma justificativa específica, com base em estudo técnico referente ao objeto licitado e devidamente registrada no documento de planejamento da contratação.Vídeos mais assistidos do g1 Paraíba