Menina de cinco anos está internada no Hospital Arlinda Marques há mais de 100 dias. Hospital Arlinda Marques, em João Pessoa, na ParaíbaTV Cabo Branco/ReproduçãoA avó paterna da menina de cinco anos que foi abandonada no Hospital Arlinda Marques, em João Pessoa, foi localizada pelo conselho tutelar. Uma audiência foi realizada na manhã desta terça-feira (4), com representantes do Conselho Tutelar de Caaporã, cidade de onde a criança natural, do juizado da Infância de Juventude de João Pessoa, e outros órgãos. Agora vai ser avaliada a possibilidade da avó assumir a guarda da criança. De acordo com o juiz da Infância e Juventude de João Pessoa, Adhailton Lacet, o conselho tutelar vai analisar a questão da guarda para a avó, que mora na cidade de Alhandra. Caso assuma, a criança será transferida para o hospital da região de Alhandra, para que fique cada vez mais próxima dos parentes."Nós conversamos a respeito da possibilidade dessa criança ser encaminhada para uma unidade hospitalar de Alhandra porque foi localizado que naquela cidade existe uma avó", disse o juiz Adhailton Lacet. Segundo ele, o conselho tutelar de Caaporã, local de onde a criança é natural, vem fazendo o acompanhamento do caso e já vinha fazendo contato com a mãe, porém com dificuldades, já que a mãe muda muito de residência. O pai da criança é falecido. "De repente essa mãe também pode estar precisando de alguma ajuda. Pode estar com problema de saúde mental ou mesmo algum outro tipo de problema. É preciso que a gente tenha informações seguras para encaminhar da forma mais adequada essa criança para um acolhimento familiar", destacou o juiz Adhailton Lacet. Segundo ele, a prioridade é que a criança seja reintegrada à sua família nuclear (composta pelos pais) ou à sua família ampliada (composta por avós, tios e outros parentes). Apenas em último caso, a criança é colocada para adoção, um processo que demanda muito mais tempo. A menina deu entrada no hospital há mais de 100 dias, com quadro grave de meningite por tuberculose e com tuberculose pulmonar.Já na admissão, foi detectado pela equipe que a paciente estava em situação de vulnerabilidade e suspeita de maus tratos. Durante o tratamento, a menina esteve internada na UTI por um mês, onde as visitas da genitora eram esporádicas. Ao receber alta da intensiva, e ser transferida para a enfermaria, as ausências da mãe se intensificaram. O Arlinda Marques informou ainda que desde a internação o Ambulatório de Atendimento às Vítimas de Violência e Acidentes (Amviva) e o Conselho Tutelar foram acionados.Vídeos mais assistidos do g1 Paraíba