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Criança abandonada em hospital de João Pessoa deu entrada com sinais de maus tratos

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A menina de cinco anos esteve internada na UTI por um mês, onde as visitas da mãe eram esporádicas. Ao ser transferida para a enfermaria, as ausências se intensificaram. Hospital Arlinda Marques, em João Pessoa, na Paraíba

TV Cabo Branco/Reprodução

A criança de cinco anos que foi abandonada pela própria mãe no Complexo Pediátrico Arlinda Marques (CPAM), em João Pessoa, já chegou na unidade com sinais de maus tratos. A informação é da própria unidade de saúde que está tratando a vítima de uma meningite há mais de 100 dias.

Ainda segundo o hospital, a criança é do sexo feminino, residente do município de Alhandra, e deu entrada na urgência do Complexo no dia 16 de fevereiro com um quadro grave de meningite por tuberculose e com tuberculose pulmonar.

Já na admissão, foi detectado pela equipe que a paciente estava em situação de vulnerabilidade e suspeita de maus tratos. Durante o tratamento, a menina esteve internada na UTI por um mês, onde as visitas da genitora eram esporádicas. Ao receber alta da intensiva, e ser transferida para a enfermaria, as ausências da mãe se intensificaram. Parentes próximos foram procurados, mas não foram localizados.

O hospital disse ao g1 que a mãe estava com a criança no momento em que ela deu entrada na unidade, mas não informou, até a última atualização desta matéria, em que momento houve o abandono da menor de idade.

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O Arlinda Marque informa ainda que desde a internação o Ambulatório de Atendimento às Vítimas de Violência e Acidentes (Amviva) e o Conselho Tutelar foram acionados.

No momento, o quadro de saúde que era grave foi revertido para estável, apesar das sequelas neurológicas que vem apresentando em virtude da gravidade da situação na admissão. O diretor do hospital, Ariano Brilhante, afirma que a criança está em condições de receber alta médica, mas isso ainda não vai ser feito até que seja encontrado um lugar para a menor de idade ficar.

A direção do Complexo Pediátrico ressalta que ampliou a escala de enfermeiros e vem suprindo às necessidades da criança durante a internação, tanto de acompanhante, quanto de itens de uso pessoal.

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O que pode acontecer com a criança

A Direção da unidade ressalta que vem dialogando ao longo dos últimos meses, e agindo de forma integrada, com o Conselho Tutelar de Caaporã e a Promotoria da infância. Na última quinta (30), os conselheiros tutelares que estão acompanhando à paciente estiveram na unidade para observar a evolução do quadro.

Em nota, o Conselho Tutelar de Caaporã confirmou a visita ao Arlinda Marques e informou que está acompanhando o caso e prestando todo apoio à criança. Uma audiência com a Vara da Infância e da Juventude está marcada para a próxima terça-feira (4), em João Pessoa, para discutir o caso.

O g1 entrou em contato com o Ministério Público da Paraíba (MPPB), que informou que só poderia se posicionar sobre o caso somente na segunda-feira (3).

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