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Ex-funcionário da Braiscompany preso na Argentina é transferido para presídio em Campina Grande

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Por PB Já em 01/02/2024 às 19:14:31
Homem foi preso em junho do ano passado na Argentina, após a Interpol emitir alerta vermelho. A justiça argentina autorizou a extradição em dezembro do ano passado, mas o suspeito foi entregue à Polícia Federal nesta quarta-feira (31). Sede da Braiscompany, em Campina Grande

Ewerton Correia/TV Paraíba

Um ex-funcionário da Braiscompany, empresa suspeita de envolvimento em um esquema de pirâmide de criptomoedas, foi transferido para o presídio Serrotão, em Campina Grande, na madrugada desta quinta-feira (1). Segundo a Polícia Federal, o homem foi um dos três suspeitos presos em junho do ano passado, em Puerto Iguazu, na Argentina.

A Polícia Federal também confirmou que a polícia argentina entregou o suspeito nesta quarta-feira (31) às autoridades brasileiras e ele foi escoltado até ser preso no presídio Serrotão, conforme decisão judicial. O nome do suspeito não foi divulgado.

O homem foi preso em junho de 2023, na Argentina, 11 dias após o alerta vermelho ser emitido pela Interpol. O alerta é para prisão com intenção de extradição e, no caso do suspeito, o acordo de extradição foi assinado em dezembro do ano passado pela justiça argentina.

O suspeito foi preso a partir de mandado expedido pela 4ª Vara Federal em Campina Grande/PB e é apontado como um dos diretores de empresa que captava investidores em criptomoedas com promessa de lucro de 8% ao mês.

A Operação Halving combate crimes contra o sistema financeiro e contra o mercado de capitais. Entre 2019 e 2023, estima-se que tenham sido movimentados quase R$ 2 bilhões em criptoativos, em contas vinculadas aos suspeitos do esquema criminoso.

Caso Braiscompany

Fantástico destaca golpes da Braiscompany em Campina Grande

A Braiscompany se envolveu em uma polêmica financeira com suspeita de atraso de pagamentos de locação de ativos digitais para clientes. Denúncias feitas nas redes sociais deram início ao caso, que desde o dia 6 de fevereiro passou a ser investigado também pelo Ministério Público da Paraíba.

Idealizada pelos sócios Antonio Neto Ais e Fabrícia Ais, a Braiscompany é especialista em gestão de ativos digitais e tecnologia blockchain. Os clientes convertiam seu dinheiro em ativos virtuais, que eram "alugados" para a companhia e ficavam sob gestão dela pelo período de um ano. Os rendimentos dos clientes representavam o pagamento pela "locação" dessas criptomoedas.

Milhares de pessoas, motivados pelo boca a boca entre parentes, amigos e conhecidos, investiram suas economias pessoais sob a promessa de um ganho financeiro ao redor de 8% ao mês. É uma taxa considerada irreal pelos padrões usuais do mercado.

Segundo a PF, nos últimos quatro anos, foram movimentados cerca de R$ 1,5 bilhão em criptomoedas, em contas vinculadas aos suspeitos, sócios da Braiscompany, que estão foragidos.

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