Maria Francisca Andrade foi sepultada neste domingo (30) em Uiraúna. A influenciadora tinha escoliose congênita desde os cinco meses de idade e buscava, por meio das redes sociais, conscientizar o público contra o capacitismo. Influenciadora morreu após acidente envolvendo carro e moto
Maria Francisca Andrade/Arquivo Pessoal
lher de 33 anos, identificada como Maria Francisca Andrade, morreu na madrugada deste sábado (27), após ter sofrido um acidente de moto na noite da sexta-feira (26), em Uiraúna, no Sertão. A vítima era influenciadora digital e mostrava sua rotina vivendo com escoliose severa.
De acordo com a família, Maria Francisca estava de moto com o seu pai quando foram atingidos por um carro, no Centro de Uiraúna. A influenciadora foi socorrida consciente e encaminhada para um hospital de Sousa, também no Sertão.
Ela foi submetida a exames, que não apresentaram nenhum resultado anormal, e ficou em observação. Durante a madrugada, Maria Francisca passou mal e morreu.
Maria Francisca Andrade foi sepultada neste domingo (30), em Uiraúna.
Humor e conscientização
Maria disse que as pessoas precisam ser vistas para além de suas deficiências
Maria Francisca Andrade/Arquivo Pessoal
Maria Francisca Andrade tinha escoliose congênita desde os cinco meses de idade. Apesar das limitações que o desvio tridimensional na coluna trouxe para a influenciadora, bióloga e funcionária pública, ela nunca deixou de ser feliz ou de fazer o que gosta, nem mesmo quando enfrentou um câncer de ovário em 2014.
A ideia de se tornar influencer veio dos amigos. Maria, que sempre gostou de ser espontânea e divertida, foi encorajada a gravar vídeos para as redes sociais e começou a atuar ativamente na internet por volta de 2016.
Maria começou a ganhar mais visibilidade em 2018, quando o cantor Léo Santana compartilhou um vídeo dela dançando a música 'Empina e treme'. Em seu trabalho na internet, ela buscava conscientizar o público que uma pessoa com deficiência tem o direito de ter uma vida plena, fazendo aquilo que gosta e acredita, como afirmou em entrevista ao g1 no ano de 2021.
"Por meio da minha rotina, realidade e conteúdos, mostro que qualquer pessoa com deficiência tem o direito de viver uma vida como bem quiser, fazendo challenges, danças, e tudo aquilo que o capacitismo é incapaz de enxergar".
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