O único suspeito do crime é o ex-companheiro da vítima, que foi preso em Sergipe na segunda-feira (18). Mariana da Silva foi morta a facadas em Itabaiana, na Paraíba
TV Cabo Branco/Reprodução
O homem suspeito de matar a companheira a facadas em Itabaiana no domingo (17) teria deixado a filha de um ano e oito meses em cima do corpo da mãe e fugiu em seguida. A informação foi confirmada pelo delegado Afrânio de Brito, que definiu o crime como "absurdamente violento". Mariana da Silva foi morta na frente da filha do casal, na PB-066, que liga Juripiranga a Itabaiana, na Paraíba.
De acordo com o delegado, após matar a mulher, o homem jogou o corpo da vítima em uma pequena ribanceira e colocou a criança em cima da mãe. O único suspeito do crime é o ex-companheiro da vítima, identificado como Roberlan Junior da Silva.
Afrânio de Brito explicou que o homem foi preso na segunda-feira (18) em flagrante na divisa de Sergipe com a Bahia. Segundo a polícia, o suspeito confessou que matou e não lembrava porque cometeu o crime, mas disse que foi por ciúmes e comentou que estava arrependido.
De acordo com a Polícia Civil, a vítima, o suspeito e a criança estavam em uma moto na PB-066, quando o homem desceu do veículo e começou a discutir com a vítima, a esfaqueando. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi chamado para prestar socorro, mas a vítima não resistiu à gravidade dos ferimentos e morreu.
O Conselho Tutelar da região foi chamado para prestar apoio à criança que acompanhava a vítima e o suspeito quando o crime aconteceu.
Família pede justiça
Em entrevista à TV Cabo Branco, a mãe da vítima, identificada como Penha, afirmou que o casal estava separado há um ano e que a filha chegou a comentar que o relacionamento chegou ao fim, mas não falava sobre os problemas da relação.
"Ela disse pra mim que não estava dando mais certo, porque ele era um psicopata. Ela nunca dizia nada pra mim, só ficava calada pra não me preocupar, mas eu senti que tinha acontecido alguma coisa. Eu sentia, mas ela não quis me dizer nada", afirmou.
No dia do crime, dona Penha afirma que sentiu uma sensação ruim e tentou ligar para o ex-genro e para a própria filha, sem ainda ter conhecimento do feminicídio. Ela recebeu a notícia através da polícia.
"Todo mundo quer justiça pelo o que ele fez. Ele matou uma princesa linda, tirou da gente. Essa dor eu não vou esquecer", afirmou.
A mãe da vítima também falou que a criança que presenciou o crime está traumatizada, assustada e chora muito, além de chamar pela mãe. "É triste perder o amor da vida de gente", afirmou.
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