Imóvel localizado em um condomínio de luxo entre as cidades de Campina Grande e Lagoa Seca havia sido retirado de outro leilão dos bens dos donos da empresa. Mansão de luxo ligada à Braiscompany vai a leilão
Reprodução/JFPB
Uma mansão avaliada em R$ 2,8 milhões, que era de propriedade de Antonio Neto Ais e Fabrícia Ais, donos da Braiscompany, empresa de criptoativos envolvida em escândalos de fraude no sistema financeiro, vai a leilão no dia 20 de novembro, após decisão da 4ª Vara da Justiça Federal, em Campina Grande. O edital do leilão foi divulgado nesta terça-feira (24).
A casa tem quatro suítes, garagem para quatro carros, espaço fitness, elevador, espaço gourmet, deck, solarium, depósito, piscina coberta e um sótão. A área construída é de 465,09 m².
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Mansão de luxo ligada à Braiscompany vai a leilão
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Mansão de luxo ligada à Braiscompany vai a leilão
Justiça Federal na Paraíba/Divulgação
Além da mansão, que está localizada em um condomínio de luxo entre as cidades de Campina Grande e Lagoa Seca, no interior da Paraíba, uma casa avaliada em R$ 150 mil também vai entrar no leilão de novembro. Os dois imóveis já haviam sido incluídos no último leilão dos bens da Braiscompany, que aconteceu em agosto, mas a Justiça, na época, retirou os ativos.
No último leilão, uma moto aquática avaliada em R$ 95 mil foi arrematada com 20% de desconto. Entre os outros itens que estavam sendo leiloados, havia ainda três carros de luxo, que juntos têm um valor estimado em cerca de R$ 1.285.000. Porém, nenhum outro bem foi arrematado.
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Os donos da empresa, Antonio Neto Ais e Fabrícia Ais seguem como foragidos da Justiça, e são réus pela suposta prática de crimes contra o sistema financeiro.
As investigações contra a Braiscompany
Antonio Neto Ais e Fabrícia Ais são os fundadores da Braiscompany. Juntos, fazem a gestão da empresa no Brasil
Camila Ferreira/Braiscompany
Recentemente, um relatório proveniente da Comissão Parlamentar Inquério (CPI) das Pirâmides Financeiras foi aprovado e o parecer assinado pelo deputado Ricardo Silva (PSD-SP), concluiu que a Braiscompany, enganava os clientes com promessas de falsos lucros, produzindo uma imagem de ostentação e fraudava os lucros da empresa.
A empresa se envolveu em uma polêmica financeira com suspeita de atraso de pagamentos de ativos digitais. Os próprios clientes da empresa denunciaram o suposto golpe nas redes sociais e deram início ao caso, que já rendeu envolvimento do Ministério Público da Paraíba e Polícia Federal.
Por conta disso, várias operações aconteceram nos últimos meses com o intuito de investigar a atuação da empresa e dos seus donos. Pessoas também foram ouvidas no inquérito.
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Entre essas operações, está a Halving, que começou em fevereiro de 2023, quando foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão na sede da empresa em Campina Grande e outros imóveis no agreste da Paraíba. Além disso, aproximadamente R$ 15,3 milhões foram bloqueados de contas de pessoas vinculadas à Braiscompany.
Em outra fase da operação, denominada de Trade-Off, a Justiça Federal também determinou o bloqueio de R$ 136 milhões, também de pessoas ligadas à Braiscompany.
Os sócios da empresa Braiscompany, Antônio Neto Ais e Fabrícia Ais, tiveram os seus pedidos de prisões temporárias convertidas em preventivas no dia 24 de fevereiro. Assim os seus nomes foram incluídos na lista de procurados da Interpol, a polícia criminal internacional que age em todo mundo.
Em setembro deste ano, a empresa foi alvo da 4ª operação da Polícia Federal para combater lavagem de dinheiro decorrente dos crimes contra o sistema financeiro e contra o mercado de capitais.
Também em setembro, o g1 teve acesso ao relatório da Polícia Federal que afirma que ambos fugiram do país pela fronteira terrestre com a Argentina. Eles utilizaram os passaportes da irmã e do cunhado de Fabrícia.
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