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Caso Braiscompany: R$ 15,3 milhões são bloqueados em contas de investigados

Por PB Já em 23/02/2023 às 09:51:23
Polícia Federal informou bloqueios foram feitos junto à Exchanges – plataformas digitais onde os investimentos com criptomoedas são realizados. Várias cédulas foram apreendidas pela PF na sede da Braiscompany

Divulgação/Polícia Federal

Aproximadamente R$ 15,3 milhões foram bloqueados de contas de pessoas vinculadas à Braiscompany, empresa paraibana investigada por crimes contra o sistema financeiro e o mercado de capitais, segundo informações da Polícia Federal divulgadas nesta quarta-feira (22).

Nesta recente ação, a Polícia Federal informou que os bloqueios foram feitos junto à Exchanges – plataformas digitais onde os investimentos com criptomoedas são realizados. Os bloqueios no sistema financeiro tradicional ainda estão sendo levantados.

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O bloqueio aconteceu no âmbito da Operação Halving, deflagrada na última quinta-feira (16), na sede da companhia, em Campina Grande, e em João Pessoa e São Paulo. Na ocasião, foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão.

A Braiscompany não se pronunciou sobre a operação.

Polícia Federal em operação na sede da Braiscompany em Campina Grande

Ewerton Correia/TV Paraíba

Entenda o caso

A empresa captava investidores sob a promessa de investimentos em criptomoedas com retorno de 8% ao mês, e após atrasos, passou a ser suspeita de golpe de milhões.

Segundo a PF, nos últimos quatro anos, foram movimentados cerca de R$ 1,5 bilhão em criptomoedas, em contas vinculadas aos suspeitos, sócios da Braiscompany, que estão foragidos.

Idealizada pelos sócios Antonio Neto Ais e Fabrícia Ais, a Braiscompany é especialista em gestão de ativos digitais e tecnologia blockchain. Os clientes convertiam seu dinheiro em ativos virtuais, que eram "alugados" para a companhia e ficavam sob gestão dela pelo período de um ano. Os rendimentos dos clientes representavam o pagamento pela "locação" dessas criptomoedas.

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Camila Ferreira/Braiscompany

Denúncias feitas nas redes sociais deram início ao caso, que desde o dia 6 de fevereiro passou a ser investigado também pelo Ministério Público da Paraíba.

Milhares de campinenses, motivados pelo boca a boca entre parentes, amigos e conhecidos, investiram suas economias pessoais sob a promessa de um ganho financeiro ao redor de 8% ao mês. É uma taxa considerada irreal pelos padrões usuais do mercado.

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