Caso de xenofobia envolvendo noiva de atleta do Botafogo-PB é enviado para o MPF
MPPB destaca que caso é de responsabilidade federal e envia procedimento para o procurador da República do 1º Ofício da Capital, José Godoy Bezerra de Souza. Adriana Borba, noiva do jogador Léo Campos, do Botafogo-PB
Reprodução/TV Cabo Branco
O Núcleo de Gênero, Diversidade e Igualdade Racial do Ministério Público da Paraíba (Gedir/MPPB) decidiu nesta terça-feira (7) que o caso envolvendo suspeitas de xenofobia por parte de Adriana Borba, que é a esposa do jogador Léo Campos, do Botafogo-PB, deve ser envolvido pela esfera federal e, portanto, é de responsabilidade do Ministério Público Federal (MPF).
Assim, o MPPB enviou para o MPF o procedimento instaurado para apurar a eventual prática de crime de racismo por parte de Adriana, que numa rede social fez comentários sobre o sotaque e os costumes dos nordestinos. O MPPB esclarece inclusive que a xenofobia é tratada por lei como racismo e processada como tal.
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O procedimento foi encaminhado para o procurador da República do 1º Ofício da Capital, José Godoy Bezerra de Souza.
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Conforme a coordenadora do Gedir, a promotora de Justiça Liana Espínola, a atribuição para a matéria é do MPF por duas razões principais. A primeira é que o crime é objeto de tratado ou convenção internacional que o Brasil se comprometeu a combater. A segunda é que houve transnacionalidade, porque os comentários preconceituosos veiculados em rede social eram acessíveis no exterior.
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