De acordo com psicóloga, a prática da atividade física também influencia na memória e atenção. O estudante Ailton Simplício mantém a prática de atividades físicas durante a rotina de estudos para o Enem
Ailton Simplício/Arquivo Pessoal
Os estudantes que estão na reta final da preparação do se preparando para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) vêm de uma rotina de estudos muito pesada, com cursinho, aulas até o final do dia, simulados no final de semana, revisão do conteúdo em casa e muitas outras atividades que vão além do processo do estudo e do horário escolar. Para a psicóloga Júlia Meira, uma aliada para esses estudantes é a prática de atividades físicas, que gera muitos benefícios para a saúde mental.
"A prática da atividade vai contribuir nas nossas funções cognitivas, que influenciam na memória, linguagem, atenção", explica.
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O estudante Ailton Simplicio, de 17 anos, irá fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) pela segunda vez em 2022. Visando uma vaga para o curso de medicina na Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Ailton mantém a prática da atividade física entre a rotina intensa de estudos para quem quer entrar em um dos cursos mais concorridos.
"Durante esse período consegui notar a real importância do exercício físico para manter o corpo e a mente relaxados, além da concentração e foco aumentarem", relata o estudante.
Ailton pratica atividade física desde de criança. Durante a infância fazia natação e jogava futebol, e há dois anos começou a praticar musculação. Com a proximidade do primeiro dia da prova, que acontece em 13 de novembro, ele se sentiu mais ansioso. "Durante a reta final, a ansiedade realmente aumentou, mas percebo que a cada treino sinto o estresse diário diminuir", explica.
O vestibulando se mantém treinando cerca de 6 vezes durante a semana e mesmo com a rotina mais intensa nos dias últimos dias, ele consegue encaixar os treinos em algum momento do dia normalmente.
Além de contribuir para a concentração e memorização, se exercitar pode funcionar como uma válvula de escape
Francisco França/Jornal da Paraíba/Arquivo
Além de contribuir para a concentração e memorização, se exercitar pode funcionar como uma válvula de escape, segundo Júlia Meira. "Praticando exercício, vai ajudar o cérebro a se manter ocupado em um objetivo, amenizando outros pensamentos distorcidos que costumam surgir com a ansiedade. Também há a sensação de bem estar causada pela liberação do hormônio da endorfina, durante ou após a realização do exercício físico", informa a psicóloga ao explicar que com a liberação da endorfina o corpo tende a ficar mais descansado.
Segundo Júlia Meira, a atividade física também proporciona agilidade. "Uma pessoa que pratica exercício se sente mais energizada e com muito mais disposição para fazer outras atividades", explica a psicóloga ao dizer que a agilidade vai contribuir para diminuir o cansaço, inclusive o mental, decorrente de longas horas de leitura durante o estudo.
A psicóloga sugere que a prática de exercícios seja uma modalidade que o estudante se identifique e que se possível, em alguns dias se exercite ao ar livre por já estar muito tempo em lugares fechados, como sala de aula, biblioteca e muitas vezes estudando no próprio quarto.
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