Dois casos aconteceram na capital e um em Santa Rita. Em dois dos casos, vítimas já tinham medidas protetivas contra os suspeitos. Delegacia da Mulher, em João Pessoa
Divulgação/Secom-PB
Três homens foram presos em flagrante na segunda-feira (31), suspeitos de envolvimento em casos de violência contra a mulher na Região Metropolitana de João Pessoa. Segundo a Polícia Civil, em dois dos casos as vítimas já tinham medidas protetivas contra os suspeitos, que descumpriram as decisões judiciais.
O primeiro caso aconteceu em Bayeux. Uma mulher de 28 anos estava separada há dois meses de um técnico em segurança do trabalho, de 34 anos, com quem conviveu por três anos e tem uma filha em comum. Desde 26 de setembro ela tem uma medida protetiva contra ele, após ser vítima de violência física e ofensas morais.
Segundo o boletim de ocorrência, ela havia saído de um restaurante, em João Pessoa, para deixar o atual namorado na casa de um amigo, em Santa Rita. Ao parar na frente da residência, percebeu que o carro havia sido seguido pelo suspeito, que parou ao lado do carro dela, armado, e tentou abrir a porta.
A jovem conseguiu acelerar rapidamente, mas perdeu o controle do veículo e bateu em uma casa. Tanto ela quanto o namorado tiveram ferimentos leves. O suspeito não a socorreu e fugiu após várias pessoas se aproximarem por causa do acidente. Minutos depois ele foi preso em flagrante e a vítima solicitou a inclusão do nome dela no programa Sos Mulher Protegida.
O segundo caso foi registrado em João Pessoa. A vítima é uma pedagoga, de 48 anos. Ela teve um breve relacionamento com um profissional de tecnologia da informação, de 39 anos. Segundo o Boletim de Ocorrência registrado na Polícia Civil, ele era ex-usuário de drogas, mas que estava limpo há oito anos.
A vítima contou que rompeu o relacionamento com ele no dia 27 de outubro, pois ele começou a ingerir bebidas alcóolicas, que ela não aceitava. No mesmo dia, ele saiu da casa dela, em Manaíra, e levou os objetos pessoais dele. Porém, na tarde de segunda-feira, voltou até o prédio.
Ele chegou a bater na porta da vítima, que não abriu. Em seguida, percebeu que a chave do carro da mãe dela estava em uma mesinha no hall anterior à porta, pegou o objeto e fugiu levando o carro da ex-sogra. A vítima acionou a PM, que conseguiu prender o suspeito e recuperar o carro no bairro de Tambaú.
Já o terceiro caso também aconteceu em João Pessoa. Uma técnica de enfermagem de 59 anos contou que no dia 7 de julho solicitou uma medida protetiva contra o ex-companheiro, que foi intimado no dia 11 do mesmo mês.
Segundo o relato dela, mesmo com a medida, ele continuava a descumprir a decisão judicial e frequentar um espetinho que a vítima é dona, no bairro de Oitizeiro. No local, ele continuava importunando e perseguindo a vítima, que disse não ter acionado a polícia para não prejudicar o suspeito.
Porém, na tarde da segunda-feira, ela estava no local quando ele chegou e começou a intimidá-la. Ela não deu atenção, mas ele se aproximou, segurou na mão dela e deu uma nota de R$ 100, dizendo para ela aceitar o dinheiro para fazer sexo com ele.
A vítima negou e disse que não queria que ele se aproximasse, foi quando ele segurou a mão dela com mais força. Com as pessoas no local, o suspeito acabou se afastando para um bar na frente do espetinho e a vítima chamou a polícia, que prendeu o homem no local.
Os três casos foram registrados na Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (Deam) Sul, em João Pessoa, e os suspeitos seguem detidos no local, que fica na Central de Polícia Civil, no bairro do Geisel.
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