Partido classifica Pedro Cunha Lima como “representação direta das oligarquias”. Legenda avisa que não vai querer cargos num eventual segundo mandato no pessebista. Adjany Simplicio foi a candidata do Psol ao Governo da Paraíba
Elza Cruz/TV Cabo Branco
O Partido Socialismo e Liberdade da Paraíba (Psol-PB) emitiu nota nesta quarta-feira (5) defendendo um “voto crítico” no atual governador João Azevêdo (PSB) no 2º turno das eleições estaduais de 2022. Mesmo sendo oposição ao pessebista, que é candidato à reeleição, a legenda destaca que o outro postulante ao cargo, o deputado federal Pedro Cunha Lima (PSDB), seria a “representação direta das oligarquias”.
Além da indicação de voto a João Azevêdo, sob a alegação de que o PSB “compõe nacionalmente a coligação da candidatura do presidente Lula”, da qual o Psol também faz parte, a direção estadual do partido orientou aos dirigentes e filiados a se absterem de apoiar ou indicar voto na candidatura de Pedro Cunha Lima, que estaria “alinhada ao bolsonarismo”.
João Azevêdo e Pedro Cunha Lima disputam segundo turno para governador da Paraíba
“Reconhecemos que a candidatura de João Azevedo é a única alinhada ao presidente Lula e com possibilidade de enfrentamento às medidas antidemocráticas do desgoverno Bolsonaro”, destaca a nota do Psol, citando, entre outras ações, o “enfrentamento à pandemia”.
A nota, por fim, explica que o apoio a João é pontual e não retira qualquer crítica feita pelo partido durante a disputa eleitoral de 1º turno. O Psol descartou ainda qualquer composição com um futuro segundo governo.
“Não abriremos negociação com o Governo João Azevedo. Seguiremos na oposição, pois apresentar pontos a serem assumidos por João seria criar expectativas de composição com o governo, o que não está nos planos do Psol”, atesta.
O partido teve candidatura própria no 1º turno das eleições para o Governo da Paraíba. Adjany Simplicio teve 9.567 votos, o que equivale a 0,44% dos votos válidos.
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